2012/08/29

Ataques a agência de notícias dão sinal a novo tipo de hacktivismo

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Não se trata mais de modificar páginas, mas sim de manipular a opinião pública



Ações hackers, que antes costumavam servir apenas para que o autor se mostrasse capaz, hoje se tornaram arma política - o Anonymous está aí para provar. De tempos para cá, entretanto, um novo tipo de hacktivismo têm chamado atenção; um modelo em que não se busca simplesmente alterar uma página e dar um "oi" ao mundo. A ideia é manipular a opinião pública, e nada mais indicado para isso do que usar sites noticiosos.

O
The Verge fez um levantamento sobre o tema tendo como base os ataques recentes sofridos pela agência Reuters - uma da maiores empresas de mídia do mundo, com 3 mil jornalistas, publicando mais de 1 milhão de histórias por ano a partir de mais de 200 redações.

Já houve diversos casos contra sites de imprensa, que noticiaram bizarrices como a descoberta de que o rapper Tupac estava vivo, a morte por overdose de Rupert Murdoch ou até o assassinato de Barack Obama. A novidade, no caso da Reuters, é a sutileza.
As pessoas que alteraram notícias no site da agência queriam que os leitores acreditassem nas informações. Um dos repórteres da Reuters, ao comentar o caso, explicou que a empresa foi pega no meio de uma intensificação do conflito no ciberespaço entre partidários e opositores ao regime de Bashar al-Assad na Síria.


Não à toa, uma das contas da Reuters no Twitter, ao ser hackeada, divulgou "notícias" como "Obama assina ordem executiva proibindo qualquer investigação adicional sobre o 11/9" e "porta-voz da Casa Branca diz que suporte financeiro e técnico foi dado a agentes da al-Qaeda na Síria". Depois disso, o perfil foi encerrado, então o sistema de blogs da empresa foi atacado, com várias notinhas plausíveis sendo divulgadas por ali. Os títulos e a estrutura dos textos prezavam pela clareza e objetividade, como os jornalísticos. Tudo feito para enganar.


As invasões poderiam ser a qualquer site noticioso, entretanto, os hackers direcionaram esforços a uma agência que distribui conteúdo para veículos do mundo inteiro. Adrianne Jeffrieson, do The Verge, questiona: será que eles sabiam disso? Usaram também um portal em inglês, escrevendo em um idioma muito mais fácil de ser disseminado do que um árabe; será que eles queriam que as informações falsas se espalhassem rapidamente, causando um efeito em massa?


Via Olhar Digital

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