2015/10/22

[REVIEW] De Dentro Da Couraça - Gabriel Jardim

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 Há meses De Dentro Da Couraça (DDDC) do meu amigo (Amaury Jr. felling) Gabriel Jardim (Gabriel Garden para os íntimos) foi financiada via Catarse, mas só agora no HQPB pude pegar com ele o meu exemplar, e os demais brindes referentes à minha contribuição no Catarse.

Essa é a segunda HQ do Jardim financia pelo Catarse, a primeira foi Café no ano passado, vamos lá às minhas impressões de DDDC.

DESENHO E CUIDADO

Primeiramente, é aparente o talento dele não só no desenho, mas também na pintura, tudo feito a mão. A sensação do esmero que ele teve com a obra notável, Café era monocromática e as histórias se diferenciavam pelo estilo de desenho em cada uma.


LINGUAGEM

Um dos pontos fortes de DDDC é a linguagem, é a linguagem falada pela maioria dos jovens [paraibanos]. Como estou nessa faixa de idade dos personagem como jovem-adulto, não senti dificuldade na leitura, bem fluída na verdade. Nesse quesito me lembra, não completamente, um livro chamado Ciço de Luzia de Efigênio Moura, autor paraibano (tive que ler para o vestibular, mas não me arrependo, bom livro por sinal), onde a linguagem do livro é a linguagem falada, com todas as gírias, sotaque e expressões da Paraíba, isso me deu uma diversão a mais na leitura, assim como em DDDC.

ARTE PELA ARTE

A história se passa quase que totalmente dentro de um elevador parado, lugar propicio para uma conversa, e é basicamente isso o enredo, a conversa entre os personagens. Gosto de histórias assim, são de certo modo "simples", mas complexas ao mesmo tempo, conversar não é fácil hahaha.

Uma das discussões deles é sobre a arte. Os personagens têm um rápido debate do que é a arte, ela, uma bailarina, vê a arte como algo muito trabalhado, usando como base a dança, onde a arte ocorre em passos que são executados naquele instante e muito bem planejados, ele, enquanto estudante de arquitetura e escultor, vê a arte como algo que deve ser espontâneo, uma obra que eterniza o momento. Além disso, a própria HQ é uma obra de arte, isso deixa a discussão quase que metalinguística.

BRINDES E BÔNUS
Pela minha contribuição levei para casa (além da HQ) três castões-postais e um pôster.

Na parte final do DDDC tem um pouco dos bastidores da construção da HQ e umas ilustrações de artistas convidados. Minha preferida foi a do Shiko (que também escreve o prefácio), também artista paraibano, a ilustração dele em particular ficou parecendo aquelas pinturas museu, ficou espetacular, só queria um quadro com ela (#fikdik).

Pôster que veio
Ilustração de Shiko
Para quem quer ter DDDC acho que Gabriel Jardim ainda deve ter alguns exemplares dessa HQ e de Café também, fica aí o contado dele linkado no nome.

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